Pesquisa feita pelo Instituto Trata Brasil em parceria com o
Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento revela que os 100 municípios
mais populosos do país não têm tratamento de esgoto adequado. De acordo com a
pesquisa, a região Norte concentra as cidades com pior tratamento de esgoto do
país.
O resultado do levantamento aponta que a meta do governo
Federal de universalizar o tratamento de esgoto até 2033, como está estipulado
no plano nacional de saneamento básico. Para o pesquisador do Instituto Trata
Brasil, Gesner Oliveira, os investimentos no tratamento de esgoto no Brasil
ainda são pequenos. Ele explica que no ritmo atual de investimentos, a
universalização vai ser alcançada em apenas 129 anos. “Essa é uma pesquisa
anual, ela faz um indicador da qualidade do saneamento nos 100 municípios mais
populosos do Brasil e aí classifica os municípios. O plano nacional de
saneamento prevê a universalização dos serviços até o ano de 2033, mas no ritmo
atual, isso só seria alcançado se você tivesse 129 anos.” Informou o pesquisador,
Gesner Oliveira
Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador, não vão
conseguir universalizar o tratamento de saneamento básico nos próximos 20 anos,
segundo os números divulgados pela pesquisa. O especialista em Educação
Ambiental da Universidade de Brasília, Gustavo Souto, acredita que a falta de
tratamento de esgoto ainda pode ser maior no país. Ele lembra que quase a
metade dos municípios brasileiros ainda está longe de ter um tratamento
adequado.
O especialista, Gustavo Souto, salientou:“40 por cento dos
municípios, de quase metade, dos municípios brasileiros, não tem rede de esgoto
adequada. Isso é um absurdo, é uma coisa absurda um país como o Brasil, um país
que tem dinheiro, que tem recurso, que tem experiência, que tem conhecimento
técnico, ter praticamente metade dos seus municípios, que não têm ainda rede de
esgoto.”
No ranking nacional, os municípios com melhor tratamento de
água e esgoto são Franca e Limeira em São Paulo, e Maringá, no Paraná. Os
piores são Ananindeua e Santarém no Pará e a capital de Rondônia, Porto Velho.
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