Fifa cria polêmica ao patentear palavras em português que
poderão ser usadas para fins comerciais apenas com a autorização da entidade e
com o pagamento de pequenas fortunas.
A lista inclui quase 200 expressões, entre elas a palavra
pagode, que nada tem a ver diretamente com o futebol. Até o nome do Brasil
ligado ao ano de 2014 virou propriedade da Fifa.
O controle é tão grande que, para usar o nome Copa do Mundo
para se promover, o governo brasileiro teve de pagar cerca de 20 milhões de
reais.
Ao contrário do que o sentido comum poderia indicar, o
Mundial que será disputado a partir do dia 12 de junho não é do futebol, mas da
Fifa. Aliás, o nome oficial do evento é Copa do Mundo da Fifa, indicando
claramente que existe um proprietário do Mundial.
A prática de registrar nomes e expressões não é nova. A Fifa
chegou a montar uma patrulha durante os Mundiais de 2006 e 2010 para vistoriar
as áreas próximas aos estádios e, dessa maneira, garantir que nenhuma marca
fosse mostrada além das de seus patrocinadores.
O registro desses termos e palavras tem como meta proteger
os patrocinadores, que, em troca do direito exclusivo de usar esses termos e
associar sua imagem à da Copa, pagaram à Fifa mais de dois bilhões de reais, um
valor recorde na história da entidade.
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