DICA
DE LEITURA: “HINOS DE TODOS OS PAÍSES DO MUNDO”
Por
Fernando Chagas da Costa (*)
Para
quem gosta de Futebol, 2014 é um ano diferenciado, pois será realizada uma nova
Copa do Mundo e, mais uma vez, depois de 64 anos da fatídica partida contra o
Uruguai, quando perdemos na final, ela será no Brasil.
É de
praxe antes de cada partida, a execução dos hinos nacionais de cada país, ainda
que de forma reduzida, padrão para cada seleção.
Eu
sempre achei a melodia da maioria dos hinos muito bonitas. Tire por exemplo os
hinos de muitos clubes de futebol brasileiros. Independente de torcermos ou não
por tal equipe, não podemos negar a
beleza dos hinos. O carioca Lamartine de Azeredo Babo foi um mestre na
composição dessas belezas.
Lamartine
Babo (ou Lalá como era conhecido) compôs os hinos alternativos (não
oficiais) das maiores equipes
participantes do Campeonato Carioca de Futebol da década de 40, entre eles o América (sua grande paixão), Vasco da Gama,
Fluminense, Flamengo, Botafogo e Bangu .
Você
sabia que o conhecido hino do Flamengo em que se canta “Uma vez Flamengo,
sempre Flamengo, Flamengo sempre eu hei de ser...” não é o hino oficial?
Entretanto, esse é o que se tornou o mais cantado e é esse que foi criado por
Lamartine Babo. E o “Sou tricolor de coração, sou do time tantas vezes
campeão...”, cantarolado pela torcida do Fluminense? Também não é o oficial,
mas é o que se tornou o hino do coração, composto pelo mesmo Lalá.
Voltando
ao tema das seleções mundiais, sempre tive curiosidade de conhecer as letras
dos hinos dos países e um pouco de sua origem. Poderia pesquisar na internet
individualmente, mas como tantas outras coisas, vamos adiando para um dia
seguinte e termina-se caindo no esquecimento.
Eis
que certo dia, em mais uma visita à Livraria Laselva, encontrei o livro “Hinos
de todos os países do mundo”, escrito pelo paulista Tiago José Berg. Nele há as
letras, traduções, os compositores, ano das criações e uma breve explicação
sobre o tema sobre o qual cada um foi composto. Era o que eu procurava. Só
faltou (e já seria um preciosismo de minha parte) um CD anexo com cada um
deles.
Um
fato interessante que se pode perceber é como cada hino foi construído em
função da realidade de sua época, muitos deles evocando o espírito guerreiro,
combatente de seu povo. Mesmo com o passar dos anos e com a mudança do cenário
das nações, a letra permaneceu intacta, como um brasão de um povo, em forma
musical.
Se
você gosta também do assunto ou quer conhecer a letra dos hinos das seleções
que estarão nas 12 capitais do Brasil onde serão realizados os jogos, a obra é
na medida.
Boa Leitura.
(*)
Fernando Chagas da Costa é funcionário do Banco do Brasil há mais de 30 anos e
professor universitário da área de exatas na Faculdade de Alagoas/FAL,
vinculada a Estácio de Sá.
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