Mesmo celebrando uma aliança apresentada como “a nova
política”, o PSB e a Rede Sustentabilidade começam a divergir sobre pautas e
estratégias nacionais e regionais, principalmente na montagem e anúncio de
palanques. Os dois partidos ainda não teriam acertado os ponteiros sobre a data
de apresentação da chapa única com o governador Eduardo Campos e a ex-senadora
Marina Silva à Presidência da República nas eleições deste ano.
Os socialistas estão pressionando para antecipar o
anúncio para o fim deste mês, ou no máximo em fevereiro. Marina Silva seria
anunciada como vice do governador pernambucano. Eduardo Campos, inclusive,
declarou recentemente que deixará o comando do estado no dia 4 de abril para
concorrer ao Palácio do Planalto.
O presidenciável convocou uma reunião com as lideranças
do partido para o próximo dia 17. A intenção é afinar o discurso e resolver
algumas pendências com a Rede - os dois partidos divergem, por exemplo, no
palanque em São Paulo. O PSB deseja apoiar a reeleição de Geraldo Alckmin
(PSDB). A Rede quer uma candidatura própria.
Interlocutores de Eduardo Campos afirmam que o anúncio
de sua candidatura será antecipado. O pernambucano gostaria que Marina Silva
estivesse no ato para fortalecer o ato. Aliados da ex-senadora afirmam que a
presença dela ainda não é certa e jogam na mesa sua defesa: avaliam que este
não é o momento para fazer o anúncio.
"O calendário eleitoral não se sobrepõe às
definições programáticas. Essa questão da vice ainda não está colocada",
disse ao jornal Folha de S. Paulo o deputado Walter Feldman (PSB-SP),
importante aliado de Marina.
O vice-presidente do PSB, Roberto Amaral, defende a
antecipação do anúncio da chapa presidencial para evitar eventuais intrigas
entre os dois grupos políticos. "Não era do nosso interesse antecipar, mas
isso é até mesmo uma vacina, um antídoto".
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