O hemograma é uma das análises de sangue mais úteis e mais
solicitadas na prática médica. Apesar de extremamente comum, esse é um exame
que ainda causa muita confusão na população e até nos meios de comunicação.
Algumas pessoas acham que todo exame de sangue é um hemograma, como se ambos os
termos fossem sinônimos. Isto é um equívoco.
O
exame de sangue não funciona como o antivírus do seu computador que faz
automaticamente um rastreamento em toda a máquina à procura de algo errado.
Quando o médico solicita uma coleta de sangue, ele precisa dizer para o
laboratório o que pretende que seja analisado nesta amostra. No nosso sangue
circulam várias substâncias que podem ser dosadas ou pesquisadas, como
proteínas, anticorpos, células, eletrólitos (potássio, sódio, cálcio, magnésio,
etc.), colesterol, hormônios, drogas e até bactérias ou vírus, em casos de
infecção.
Se
o médico quiser saber como andam os níveis de colesterol, ele precisa escrever
no pedido que deseja uma dosagem do colesterol; se o objetivo for saber se a
glicose do sangue anda controlada, solicita-se a dosagem da glicose sanguínea.
O hemograma é solicitado quando o objetivo é ter informações sobre as células
do sangue, nomeadamente, leucócitos, plaquetas e hemácias. Portanto, em um
hemograma não é possível obter dados sobre o nível de colesterol, taxa de
glicose, pesquisa de bactérias, pesquisa de drogas, teste para HIV, etc.
Neste
texto vamos explicar que tipos de informações o exame de hemograma pode nos
trazer.
Hemograma
No
nosso sangue circulam três tipos básicos de células, todas produzidas na medula
óssea. São estas células que estudamos através do hemograma:
-
Hemácias (glóbulos vermelhos).
- Leucócitos (glóbulos brancos).
- Plaquetas.
- Leucócitos (glóbulos brancos).
- Plaquetas.
Os
atuais valores de referência do hemograma foram estabelecidos na década de
1960, após observação de vários indivíduos sem doenças. O considerado normal é,
na verdade, os valores que ocorrem em 95% da população sadia. 5% das pessoas
sem problemas médicos podem ter valores do hemograma fora da faixa de
referência (2,5% um pouco abaixo e outros 2,5% um pouco acima). Portanto,
pequenas variações para mais ou para menos não necessariamente indicam alguma
doença. Obviamente, quanto mais afastado um resultado se encontra do valor de
referência, maior a chance disto verdadeiramente representar alguma patologia.
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