De:Publica (AGÊNCIA DE REPORTAGEM E JORNALISMO INVESTIGATIVO)
http://www.apublica.org
O Blog "O Argonauta" é um dos republicadores oficiais autorizados pela agência investigativa.
A repórter da Pública Agência Investigativa, foi até a Rocinha para conhecer a história do pedreiro que desapareceu após ser detido portando todos os seus documentos pelos oficiais da UPP durante a Operação Paz Armada, que mobilizou 300 policiais.
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O Blog "O Argonauta" é um dos republicadores oficiais autorizados pela agência investigativa.
A repórter da Pública Agência Investigativa, foi até a Rocinha para conhecer a história do pedreiro que desapareceu após ser detido portando todos os seus documentos pelos oficiais da UPP durante a Operação Paz Armada, que mobilizou 300 policiais.
Entenda o
caso:
A Operação Paz Armada, que
mobilizou 300 policiais, entrou na Rocinha nos dias 13 e 14 de julho para
prender suspeitos sem passagem pela polícia depois de um arrastão ocorrido nas
proximidades da favela. Segundo a polícia, 30 pessoas foram presas, entre elas
Amarildo. Segundo uma testemunha contou à reporter Elenilce Bottari, do Globo,
ele foi levado por volta das 20 horas do dia 14, portando todos os seus
documentos: “Ele estava na porta da birosca, já indo para casa, quando os policiais
chegaram. O Cara de Macaco (como é conhecido um dos policiais da UPP) meteu a
mão no bolso dele.
Ele reclamou e mostrou os documentos. O policial fingiu que ia checar
pelo rádio, mas quase que imediatamente se virou para ele e disse que o Boi
tinha que ir com eles”, disse a testemunha.
Assim que soube, Bete foi à base da UPP no Parque Ecológico e chegou a
ver o marido lá dentro. “Ele me olhou e disse que o policial estava com os
documentos dele. Então eles disseram que já, já ele retornaria para casa e que
não era para a gente esperar lá. Fomos para casa e esperamos a noite inteira.
Depois, meu filho procurou o comandante, que disse que Amarildo já tinha sido
liberado, mas que não dava para ver nas imagens das câmeras da UPP porque tinha
ocorrido uma pane. Eles acham que pobre também é burro”, contou Bete ao Globo.
O caso está sendo investigado pelo delegado Orlando Zaccone, da 15ª DP
(Gávea), ainda sem conclusão.
Neste pedaço bem pobre da Rocinha, onde ele nasceu, cresceu, viveu e desapareceu, “muitos são de nossa família”, diz Arildo, seu irmão mais velho. Depois de rejeitar entrar para o programa de proteção à testemunha - proposta do governo do Estado do Rio de Janeiro - a família não vai parar de perguntar: Onde está Amarildo?
Conheça Amarildo: http://www.apublica.org/2013/07/amarildo-presente/
(Na foto, o filho Anderson segura a vara de pescar com a qual o pai trazia comida para a família.)
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