quarta-feira, 6 de junho de 2018

Bolsonaro defende medidas 'radicais' na área de segurança pública



O pré-candidato à Presidência da República pelo PSL, Jair Bolsonaro (RJ), defendeu medidas “radicais” para combater o problema da segurança pública no Brasil. Durante sabatina do Correio Braziliense, realizada na manhã desta quarta-feria (6/5), o deputado federal tornou a falar sobre a flexibilização para uso e porte de arma de fogo pelo cidadão comum.

O político buscou se apresentar também como um candidato honesto, que, se eleito, não governará na base do "toma lá, dá cá", e afirmou ser um dos únicos políticos que não tiveram voto comprado em medidas no Congresso Nacional. "Quero mostrar que nós podemos ser um ponto de inflexão na forma de fazer política, sem toma lá dá cá, sem viés ideológico. Vamos jogar pesado na questão de segurança pública para que o país volte a ter turismo, jogar pesado na área de ciência e tecnologia”, disse. Para conseguir apoio e divulgação, Bolsonaro disse contar com as redes sociais e com crowdfunding. "Se eu chegar lá, é sinal de que quem votou em mim votou com razão e com o coração."

Sobre a área de segurança, Bolsonaro disse que o tema deve ser tratado com “radicalismo”. “Em algumas coisas tem que ser radical. Só temos uma vida”, disse. “Não vem com essa história de presídio cheio. Isso é um problema de quem cometeu o crime. Eu sei que não é fácil. Vou contar com a ajuda do coronel (Ney Oliveira) Müller. Tem que vir gente como ele (para o governo), não pode vir antropólogo para tratar essa questão grave e única entre nós”, comentou.

"Todo gordinho está virando mariquinha" 

Bolsonaro não quis se estender sobre os desafios no combate a crimes de ódio no país. Em um cenário polarizado, o político não acredita que essa deva ser uma preocupação para agora e voltou a criticar aqueles que querem o “politicamente correto”. “Quando alguém faz uma besteira com um terceiro, ele será isolado pelos próprios colegas. Isso do politicamente correto é coisa dos radicais de esquerda. Eu sou uma das pessoas que mais sou atacados”, argumentou. “Na escola, você é chamado de quatro olhos, gordinho mesmo. Mas, antes, o gordinho se defendia. E agora, todo gordinho está virando mariquinha”, disse.

Um dos assuntos mais controversos da entrevista foi a questão da economia. Antes defensor do papel do Estado, Bolsonaro passou a flertar com o liberalismo e a defender privatizações "em certos casos". Perguntado se essa mudança não gera desconfiança, disse: "A desconfiança é natural, mas sou uma pessoa de palavra". Questionado sobre quais seriam as empresas que privatizaria em um governo futuro, não deu resposta:
“Vamos discutir isso em um momento oportuno.” 

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