quinta-feira, 26 de março de 2015

Copiloto alemão do Airbus agiu deliberadamente para derrubar avião.


De: Veja.

De acordo com o promotor que investiga o caso, as autoridades agora irão levantar o histórico do copiloto Andreas Lubitz, que não era ligado a nenhuma rede terrorista

Sozinho na cabine de comando, o copiloto do Airbus A320 ativou os controles para fazer o avião descer até se chocar contra uma cadeia de montanhas dos Alpes franceses, disse nesta quinta-feira o promotor que investiga o acidente que matou as 150 pessoas que estavam a bordo do avião da Germanwings. O voo 4U-9525 partiu nesta terça-feira de Barcelona, na Espanha, com destino a Dusseldorf, na Alemanha, e caiu cerca de uma hora após a decolagem.

Segundo o promotor Brice Robin, o copiloto Andreas Lubitz trancou o piloto do lado de fora de cockpit e iniciou o procedimento de descida da aeronave "por uma razão que não temos nenhuma ideia, mas que pode ser vista como um desejo de destruir o avião". Segundo o jornal Le Monde, Robin afirmou que as investigações agora irão se concentrar na análise de personalidade do copiloto. Lubitz é alemão e não era suspeito de ter ligação com nenhuma organização terrorista.

Questionado se o copiloto pudesse estar sofrendo de algum mal súbito no momento em que o piloto estava do lado de fora da cabine de comando, o promotor respondeu que "a priori não", acrescentando que sua respiração captada pelos microfones não é condizente com a de um homem sofrendo um ataque cardíaco. Nos minutos finais do voo, os alarmes de alerta soaram informando que o avião se aproximava do solo em alta velocidade; os sons foram captados pela gravação, mas o copiloto permaneceu em silêncio. O avião não respondeu aos chamados dos controladores de tráfego aéreo e não emitiu um pedido de socorro antes de cair, acrescentou Robin. A aeronave desceu durante aproximadamente oito minutos, a partir de uma altura de cruzeiro, de 38.000 pés (mais de 11.500 metros), até o impacto com o solo, a uma velocidade de mais 700 Km/h.

Nesta quarta, o jornal The New York Times revelou que o piloto deixou a cabine de comando antes de o avião perder altitude e não conseguiu voltar ao cockpit. A informação surgiu a partir de dados do registro de voz. "O homem do lado de fora está batendo na porta, sem resposta. E então, ele começa a bater com mais força, ainda sem conseguir uma resposta. A resposta nunca vem", disse a fonte, segundo o jornal. "Dá pra ouvir que ele está esmurrando a porta", acrescentou.


Na descrição feita pela fonte do jornal americano, na parte inicial do voo é possível ouvir uma conversa "tranquila" entre os pilotos. Até o momento em que o áudio indica que um dos pilotos deixa a cabine e não consegue entrar novamente. "Ainda não sabemos por que um deles saiu. Mas o que é certo é que, no final do voo, o outro piloto estava sozinho e não abriu a porta", disse o investigador.

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