domingo, 1 de fevereiro de 2015

Luto: Faleceu Frei Leão.



Muitos fiéis foram até o Cemitério Parque das Flores na tarde deste sábado (31) para dar seu último adeus ao frei Leão, falecido na noite de sexta-feira.

O frade estava com 87 de anos de idade e veio a óbito por falência múltipla dos órgãos. Por volta das 16h teve início a Missa de corpo presente, que foi presidida pelo frei Hélio, da Ordem a que pertencia o frade, e concelebrada por monsenhor Delfino Barbosa, monsenhor Rubião Lins, padre Manoel Henrique e padre Tito Régis; com a assistência litúrgica do diácono Ronaldo Figueiredo e do seminarista Luiz Antônio.

Bastante emocionado, padre Manoel Henrique, então pároco da Paróquia São Pedro, na Ponta Verde, que acolheu o frei Leão, proferiu algumas palavras na homilia, dando ênfase ao destino de todo aquele que crê: o retorno à Casa do Pai. Depois, testemunhou sobre o religioso: “Frei Leão era um frade que vivia à luz daquilo que foi São Francisco de Assis. Era um homem simples, de coração grande, e que vivia sustentado na fé, por isso tinha sempre uma palavra de Deus para nós, desde os mais pobres até os mais aquinhoados da sociedade. A palavra que proferia servia de alento, cura ao coração. Daí tantas pessoas acorriam a ele”.

Terminada a Santa Missa, e antes do sepultamento, seguiu-se o Rito das Exéquias, presidido pelo monsenhor Rubião. Logo após, o frei Hélio fez questão de dizer: “As grandes vozes de Alagoas estão sendo silenciadas a exemplo do frei Leão de Viçosa, e de tantos outros, contemporâneos dele, como o Cardeal Avelar Brandão Vilela e Dom Fernando Iório... Devemos sempre recordar destes grandes homens de fé, que marcaram nossa vida. Frei Leão era um homem de sorriso até no olhar, muito mais que nos lábios. Esta é a imagem que fica de sua pessoa: um frade contente, e de um grande testemunho de fé, mesmo diante dos sofrimentos que teve que enfrentar em vida.”
Monsenhor Delfino, que conviveu com frei Leão na cidade de Viçosa, quando criança, também testemunhou sobre o frei e afirmou que ele foi um grande incentivador de sua vocação.

Milton Peixoto, sobrinho do frei Leão, cantou uma canção em homenagem ao frei, agradeceu aos presentes, de modo particular a senhora Nazaré Melo e a seus filhos por terem cuidado tão bem do frei Leão e ser para ele também uma família. 

Breve histórico


Nício Silva Peixoto - seu nome de Batismo - nasceu em 11 de junho de 1927 na cidade de Viçosa, Alagoas. Ingressou na Ordem dos Frades Menores Capuchinhos aos 14 anos, sendo ordenado sacerdote no dia 30 de novembro de 1953, juntamente com Fernando Iório Rodrigues e Estevão da Rocha, ficando conhecido como ‘Frei Leão de Viçosa’.

Foi guardião do Convento dos Capuchinhos em Maceió e em Bom Conselho(PE) onde também foi diretor da escola Frei Caetano de Messina.


Muito serviu a Arquidiocese de Maceió. Juntamente com o frei Fulgêncio - também falecido – foi o pioneiro na propagação da Renovação Carismática Católica (RCC) em Alagoas, particularmente em Maceió. Nos últimos anos de sua vida, residia com os seus familiares, sendo muito querido não somente por eles, mas por todos os fiéis que tiveram a graça de lhe conhecer.

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