domingo, 19 de outubro de 2014

Análise debate 2º turno na Record, entre Dilma e Aécio.



A distância que a TV Record determinou entre as bancadas de Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) no penúltimo debate na televisão antes das urnas, na noite deste domingo, era tudo o que os dois candidatos à Presidência da República queriam. A uma semana da votação no segundo turno, Aécio e Dilma travaram um debate morno e sem surpresas, repisando frases ensaiadas e repetidas à exaustão na propaganda eleitoral na TV. Foi tudo calculado.

Depois do tenso embate no SBT, na última quinta-feira, marcado por ataques pessoais feitos por Dilma – que disse até ter passado mal depois do debate – o duelo deste domingo não tirou nenhum dos candidatos do sério. O script, na verdade, foi o mesmo dos debates do primeiro turno: Aécio lembrou a profusão de escândalos na Petrobras, e Dilma respondeu dizendo que o PSDB planejava vender a Petrobras quando governou o país. Aécio apontou a inflação crescente, e Dilma disse que os "pessimistas" não reconhecem as conquistas sociais dos doze anos de governo do PT.

A petista até ensaiou ataques, por exemplo, sugerindo que um eventual governo tucano reduziria o papel dos bancos públicos – Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. Aécio reclamou do terrorismo eleitoral: “Quero me dirigir aos funcionários do Banco do Brasil, da Caixa Federal, eles sim estão sofrendo com o terrorismo da propaganda. No nosso governo não haverá senhores Pizzolatos à frente do Banco do Brasil”, disse, em alusão a Henrique Pizzolato, ex-diretor do Banco do Brasil que ficou famoso pela fuga hollywoodiana após ser condenado no julgamento do mensalão.

Na campanha mais acirrada do país desde a redemocratização, nem Dilma nem Aécio arriscou.

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