domingo, 24 de agosto de 2014

STF abre inquérito para apurar repasses de doleiro a Collor




Candidato à reeleição, o senador e ex-presidente da República Fernando Collor (PTB-AL) está às voltas com nova investigação no Supremo Tribunal Federal. Quatro meses depois de ter se livrado da última acusação a que respondia na corte ainda referente à sua turbulenta passagem pelo Planalto, Collor agora é alvo de um inquérito para apurar suas relações com o doleiro Alberto Yousseff, preso na Operação Lava Jato sob a acusação de ser um dos chefes de um esquema de lavagem de dinheiro que movimentou ilegalmente R$ 10 bilhões no país e jogou a Petrobras para o centro de duas CPIs no Congresso.


A suspeita sobre o ex-presidente foi remetida ao Supremo, onde correm as investigações envolvendo parlamentares federais e outras autoridades, pelo juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, Sérgio Fernando Moro, após a Polícia Federal identificar comprovantes bancários que mostravam depósitos feitos pelo doleiro, no valor de R$ 50 mil, na conta do senador.


Quando a notícia sobre os depósitos foi revelada, Collor reagiu. “Não sou alvo de nenhuma investigação, menos ainda suspeito naqueles inquéritos”, disse o senador da tribuna do Senado em 26 de maio. De lá para cá, a situação mudou. O Congresso em Foco localizou na página do Supremo na internet o Inquérito 3883, até então desconhecido do público em geral. O procedimento foi aberto no dia 7 de julho pelo ministro Teori Zavascki, depois que a Justiça Federal no Paraná enviou para o Supremo 67 páginas de documentos.

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