sábado, 1 de fevereiro de 2014

Aumento na Conta de Água.


A partir do dia 20 de março, a conta de água dos pernambucanos será reajustada. Ontem, a Agência de Regulação de Pernambuco (Arpe) realizou uma audiência pública para explicar a metodologia utilizada para o cálculo da revisão tarifária e anunciou um incremento médio de 8,75% nas faturas. Agora, a agência tem até o dia 18 de fevereiro para homologar o reajuste, que passa a valer a partir do dia 20 de março.

O percentual apresentado é maior do que a inflação oficial que ficou em 5,91% nos últimos 12 meses, segundo o IPCA, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) queria mais. O pedido feito à Arpe foi de um repasse de 15% aos consumidores. 

“Na análise de consistência dos números de receita e despesa enviados pela companhia nós identificamos valores em duplicidade ou lançados em contas inadequadas. Além disso, os critérios de projeção utilizados não foram considerados razoáveis pela agência”, explicou o diretor de Regulação Econômica e Financeira, Hélio Lopes. 

De acordo com Lopes, o item que mais pesou neste aumento foi o grande volume de investimentos que a companhia realizou no período. Pelos dados apresentados, na revisão tarifária de 2009, última realizada, a Compesa fez um investimento de R$ 1,2 bilhão. Desta vez, o valor apresentado foi de R$ 2,6 bilhões.

“A partir deste ano também começaremos a cobrar metas para melhoria do serviço e redução de custos. Em 2014, a Compesa terá que reduzir em 2% as perdas de água e despesas de exploração. Se não conseguir, irá operar com aperto de caixa”, ressaltou Lopes. As metas regulatórias estabelecidas pela Arpe seguem até o final de 2017, quando haverá uma nova revisão tarifária.


Segundo o diretor comercial da Compesa, Franklin Azoubel, o índice aplicado irá impor sacrifícios à empresa. “Passamos pela maior seca dos últimos 50 anos. Houve o colapso em mais de 50 municípios, o que reduziu nosso faturamento em R$ 40 milhões. Agora reduziremos os custos mas não será suficiente”, disse.

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