segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

DICA DE LEITURA: “A EMPAREDADA DA RUA NOVA”

DICA DE LEITURA: “A EMPAREDADA DA RUA NOVA”
Por Fernando Chagas da Costa (*)


Na segunda-feira da semana passada, 06.01, começou na Rede Globo a minissérie “Amores Roubados”, que foi noticiada aqui no blog do Argonauta no domingo, 05, com o título “Minissérie global com sotaque pernambucano”.

No último parágrafo do texto há uma frase citada que foi dita por Germano Haiut : “Comemorei quando soube que A emparedada seria adaptada e achei muita boa a ideia de se passar no sertão, que traz um pouco do que havia no final do século 19” .
A “Emparedada”, citada no texto, refere-se a obra de Carneiro Vilela, A Emparedada da Rua Nova, que foi publicada, em partes,  através de um jornal recifense (Jornal Pequeno), durante três anos (1909 a 1912). Posteriormente seria transformada em livro.
Há muitos que acreditaram que a história relatava um caso real. 

Seria uma lenda urbana recifense?
Como a minissérie não segue à risca o texto de Carneiro Vilela, mas trata-se de uma adaptação baseada na mesma, resolvi adquiri-la (em uma versão digital) para conhecer a história original.
Para minha grata surpresa, no início da obra, há um texto introdutório com o título “Mistérios e costumes em um romance-folhetim: A emparedada da Rua Nova, de Carneiro Vilela”, assinado por Anco Márcio Tenório Vieira, professor do Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal de Pernambuco.
Faz muitos anos que não vejo Anco Márcio, que é irmão de um amigo de infância e que também tem uma coluna neste blog, Alexandre Tenório Vieira (saudades dos campeonatos de jogo de tampinhas de refrigerantes).

Para quem está vendo a produção global, a dica da semana é conhecer o texto que a deu origem pois, como diz o Anco Márcio em sua introdução, “O sopro de vitalidade que, ainda hoje, A emparedada da Rua Nova promove naqueles que leem as suas páginas – o que leva a ser reeditada e, a cada reedição, ter os seus volumes esgotados -, passa por ingredientes que a compõem: seja na sua forma, na sua estrutura narrativa e nos temas abordados; seja como fonte documental dos costumes e dos modos de ser daqueles que viviam no Brasil do Segundo Império, particularmente, no Recife”.

Boa leitura

(*) Fernando Chagas da Costa é funcionário do Banco do Brasil há mais de 30 anos e professor universitário da área de exatas na Faculdade de Alagoas/FAL, vinculada a Estácio de Sá.

5 comentários:

  1. Onde encontro a versão digital para baixar??

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  2. Olá eu gostaria de tirar uma duvida (eu ainda não li o livro) mas pelo oque eu conheço da historia, achei bem diferente. A unica ligação entre a minissérie e a obra original seria apenas o personagem Leandro?


    Obrigado!

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    1. A série da Globo foi uma adaptação, inspirada na obra de Carneiro Vilela, sendo, portanto, modificada em grande parte, em função de ser transportada para uma realidade atual. Para se ter uma ideia da grande dificuldade da adaptação, é que a obra original tinha um cenário no século 19, onde a escravidão ainda existia e a série a trouxe para dias atuais.

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