Crônicas de Bom Conselho
Por: Alexandre Tenório
Naquela época existia prova de ADMISSÃO, só através desta prova era que podia entrar no GINASIAL, as provas eram: MATEMÁTICA, PORTUGUÊS, GEOGRAFIA E HISTÓRIA.
Posso dizer aos senhores que a prova de ADMISSÃO era o mesmo que o vestibular de hoje, pois no Ginásio São Geraldo só existia uma turma de 1º ano ginasial com 30 alunos, e só podia passar 30 alunos no ADMISSÃO, porém vinham alunos de todos os grupos e também os do primário do São Geraldo, perfazendo um total de mais de 120 alunos para as 30 vagas. A alegria de passar nas provas do ADMISSÃO era a mesma alegria de passar no VESTIBULAR. Aqueles que não passavam no ADMISSÃO, ficavam um ano todo fazendo um curso preparatório para a próxima prova do ADMISSÃO.
Zé Paulo tirou em primeiro lugar na prova do ADMISSÃO.
Quando nós terminamos o GINASIAL, tínhamos duas opções, ou continuar no São Geraldo e fazer o PEDAGÓGICO ou ir para o Colégio Estadual e fazer o CIENTÍFICO. Da minha turma que terminou o GINASIAL, oito alunos foram para o ESTADUAL, pois queriam fazer vestibular.
No ano em que nós fomos para o Colégio Estadual era necessário fazer uma prova para entrar no científico, pois a demanda de alunos era muito grande, e mais uma vez Zé Paulo tirou em primeiro lugar, superando até mesmo os alunos do ESTADUAL.
Estudamos até o 2º ano científico e fomos para Recife fazer o 3º ano e cursinho ao mesmo tempo. Nesta ida para o Recife fez com que depois de 10 anos estudando juntos, nós nos separássemos, eu fui estudar no COLÉGIO CONTATO e ele foi para outro colégio que não me lembro o nome.
Eu fui morar numa pensão na Rua Barão de São Borja e ele foi morar no apartamento de João Batista na Rua Dom Bosco, como eu sempre frequentava o apartamento de João Batista, o encontrava sempre. E muitas vezes saiamos para beber.
Em 1978 a banda do Colégio Estadual foi tocar em Recife, exatamente na Avenida Cruz Cabungá, neste dia nós tomamos um porre daqueles, e Zé Paulo se embebedou, deu um trabalho para leva-lo para casa maior do mundo.
Zé Paulo tem uma compleição franzina, é baixinho, porém quando ficava bêbado, ficava valente, e dava trabalho para segurar o baixinho.
Foi preciso umas três pessoas para leva-lo para o apartamento.
Certa feita, nós fomos para uma matinê no Sport Recife, era dia de domingo, e como morávamos perto, fomos a pé. A festa estava muito boa e quando menos esperamos Zé Paulo estava tungado, nisto ele chama uma gordinha para dançar, e naquele meio a gordinha caiu, ao invés de Zé Paulo levantar a gordinha, ficou rindo da cara dela, fomos ajudar a moça e depois ela não quis mais conversa com ele.
Zé Paulo faz o vestibular para ENGENHARIA e foi um dos primeiros colocado, ao terminar o curso, faz o concurso para o BANCO DO BRASIL e também é um dos primeiros colocado. Surge no RIO GRANDE DO NORTE um concurso para AUDITOR FISCAL, ele faz e é um dos primeiros colocado.
Zé Paulo hoje reside em Natal, com família constituída, e muito feliz da vida.
Ultimamente ele teve um problema de saúde, que o deixou com uma pequena segue-la, mas nada que o impeça de viver tranquilamente.
A última vez em que nos encontramos, foi em 2011 no restaurante Stillus, estava ele com um dos filhos e alguns amigos, fiz aquela alegria, pois fazia muito tempo que não a via, comecei a conversar e beber cerveja, por várias vezes ofereci a ele e ele nada de querer, depois de muita insistência ele resolve tomar um copo, depois que terminou insisti e ele tomou outro copo, daí por diante só saiu tungado, foi uma manhã prazerosa.
O meu TRISAVÔ “FELICIANO JOSÉ DOS SANTOS” é o mesmo TRISAVÔ dele.
Termino este artigo dizendo que Zé Paulo é um dos grandes amigo que eu tenho, embora a distância seja inimiga da conservação das amizades, conosco sei que ela não interferiu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário