domingo, 18 de agosto de 2013

DICA DE LEITURA: “NÃO NASCEMOS PRONTOS!”

Por Fernando Chagas da Costa (*)

Continuando na indicação do mesmo autor citado na semana anterior, “Não nascemos prontos!” foi o primeiro dos livros de Mário Sérgio Cortella que tomei conhecimento (quando em sua 9ª edição) e, de cara, identifiquei-me com o estilo das provocações filosóficas do autor.
O livro tem 31 capítulos (independentes) de duas páginas cada, ou seja, num piscar de olhos você tem se deliciado com seu conteúdo maravilhoso.
“Gente não nasce pronta e vai se gastando; gente nasce não pronta e vai se fazendo”. Essa é a frase-chave do primeiro capítulo, que nos leva a concluir, como o próprio autor insinua, que nós somos hoje a nossa mais nova edição (revista e às vezes ampliada, ou reduzida). O mais velho está no passado e não no presente.
Você vai viajar nas provocações que abrangem a tacocracia (a pressa enaltecida), a multiplicidade de fontes de informações, o caráter humano, o futuro, o passado, a mídia, a amizade, a felicidade, a sabedoria, entre tantos outros temas. Cortella  reforça que a insatisfação deve sempre existir, para que possamos nos inovar, criar, modificar, aperfeiçoar-nos. E o grande desafio do ser humano é, portanto, vencer a sedução para não se entregar ao repouso.
Outro fato rico em seus livros, e esse não foge à regra, é que sempre está repleto de menções a grandes autores, através de frases reflexivas. A exemplo disso, na página 132, no último capítulo, cita o psicanalista alemão Erich Fromm que, na tentativa de juntar as concepções de Marx e Freud, advertiu: “O homem moderno pensa perder algo – tempo – quando não faz as coisas depressa; entretanto não sabe o que fazer com o tempo que ganha, a não ser matá-lo”.
Boa Leitura.
(*) Fernando Chagas da Costa é funcionário do Banco do Brasil há mais de 30 anos e professor universitário da área de exatas na Faculdade de Alagoas/FAL, vinculada à Estácio de Sá.

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